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Três dicas para driblar sua compulsão de estimação em 2020

Gisela Rao

05/01/2020 04h00

Foto: FreePik.com

Então, essa coisa de milagre de Natal rola mesmo. Achei R$1.300 esquecidos no PIS da Caixa Econômica, nos 47 minutos do segundo tempo de 2019. O que eu fiz com eles? Passei o rodo no shopping, haha. Nem pensei em guardar ou investir em cursos. Acontece que sou uma compradora compulsiva em recuperação que teve essa recaída natalina. Pois é, já fui a rainha do Mercado Livre e cheguei até a frequentar a sala online dos Devedores Anônimos… E ajuda, viu? Mas misericórdia de nome ruim do cara$#@!

Durante décadas em minha vida estive no vermelho, as coisas mudaram depois do sufoco de 2016, quando fiquei cinco meses sem trampo e com dívida de uma viagem abusada à Europa. Felizmente minha irmã me ajudou e, de lá pra cá, estou sempre no azul, mas compulsão de estimação não se cura, se administra. E o pior: quem tem uma, geralmente tem outra e, sim, não posso ver caixa de brigadeiro me cantando que viro a psicopata dos doces e ataco até não sobrar nenhum sobrevivente pra contar a história.

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Mas, com o grisalhar dos cabelos, fui aprendendo três dicas preciosas que me ajudam muito. Tomara que também sirvam pra você:

1- Compulsão é excesso de ansiedade, cuja raiz é o medo. Pelo menos foi o que me disseram um dia e eu achei que tinha a ver. Meu pai, por exemplo, comprava cem sabonetes de uma mesma marca, de uma vez, com medo de que um dia eles acabassem. Muito doido! Então, tente acalmar a ansiedade ou a necessidade de compensar o dia chato, ou o tal do vazio existencial aumentando a dose de serotonina (hormônio da felicidade). Dá pra fazer isso com terapia, exercícios, dança, ioga, meditação ou conversando no boteco com as "migas". Eu curto assistir a canais de youtubers que moram fora do Brasil, como os superlegais Coisas Que Eu Sei (dos queridinhos Priscilla Guerra & Chrys), La Finestra (Giovanna Lisboa), Fabio Barbiero e A Noruega e Eu (Wilqui Dias).

2- Se recair, por exemplo, na comida, não se maltrate. Se chamar de "Gorducha comedora de chokitos", como eu já fiz na vida, não ajuda em nada. Só dá vontade de se sabotar mais. Então seja gentil com você e, quando escorregar no quiabo, volte a subir a ladeira.

3- Use e abuse da frase mágica: "Quero ou preciso?" na hora de fazer compras. Eu sei que isso é relativo para as mulheres e, às vezes, achamos que precisamos de um brinco amarelo ou correremos o risco de morrer, mas tente realmente ser sincera na sua resposta. Se ela for "preciso", veja se alguém pode emprestar. Se ela for "quero", saia de fininho da loja.

Tamo junto no "muita calma nessa hora"? Então, bora prosperar e abundar em 2020!

#EnvelhecerSemPhotoshop

#EnvelhecerSemVergonha

#VigilantesDaAutoEstima

Face & Insta: @giselarao

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Sobre a Autora

Gisela Rao é criadora e criatura de conteúdo, safra 64 – Ano do Dragão. Publicitária e escritora, é “porta-bandeira” dos temas sexo e autoestima, trazendo para a comissão de frente algumas das grandes pedras-no-scarpin femininas. Teve os programetes “Repórter Rao” e “A Monja e Emotiva” (UOL) e foi colaboradora das revistas e jornais: Folha de S.Paulo, Jornal da MTV, Época, Marie Claire, SPFW Journal, Isto É Gente, UMA, VIP, Bons Fluidos, Viagem & Turismo e TOP Destinos. É autora dos livros “Sex Shop”, “Tchau, Nestor” e ‘Não Comi, Não Rezei, mas Me Amei”. Opa! Não desligue ainda, tem mais: foi fundadora do Movimento Vigilantes da AutoEstima e uma das idealizadoras da ONG Estou Refugiado.

Sobre o Blog

A ideia desse blog é trazer um “Ufa!” para os perrengues da “classe” 50+: corpo, preconceitos, paúras, relacionamentos, medo de morrer, sexo... num tom divertido, autobiográfico e gente-como-a-gente. #EnvelhecerSemPhotoshop

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